“Fizeram-me uma pergunta que eu não soube responder, a pergunta é essa: ‘Existe Eva e Adão e Lilith, quem era lilith.?’ E esse que me perguntou ouviu dizer que ela foi tirada da costela de Adão primeiro que Eva e que ela seria a filha do diabo. O que me dizem??” – por R.C.
Olá, R. Bem, não é muito correto dizer que a história de Lilith vem da tradição judaica mas sim, que a história é mais bem descrita como folclore ou lenda judaica. Embora a história judaica de Lilith tenha suas raízes no documento anônimo medieval O Alfabeto de Ben-Sira, alguns interpretam a menção bíblica da mulher de Adão na primeira história da criação (Gen. 1) para se referir a Lilith e a menção bíblica da mulher de Adão na segunda história da Criação (Gen. 2) para se referir à Eva. Tal interpretação não é suportada pela tradição rabínica judaica, e pode ser considerada um exemplo de eisegesis (ou seja, a leitura nas Escrituras do que se deseja encontrar). A história de Lilith originalmente vem da mitologia mesopotâmica, em que ela é um demônio da noite que acreditava atacar as crianças. Como a história se tornou mais tarde incorporada à lenda judaica, Lilith tornou-se a mulher fugitiva de Adão, que jurou vingança contra os descendentes de Adão e Eva. Por uma piedosa superstição, alguns judeus, antigos e atuais, colocam amuletos em torno do pescoço de seus filhos para proteger as crianças dos projetos assassinos de Lilith. A lenda reza que Lilith se recusou a ser subserviente a Adão e por isso foi adotada por algumas feministas judaicas como uma heroína do igualitarismo religioso no judaísmo moderno.
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