A expectativa dos judeus era da vinda de um Messias que restaurasse o reino político da nação de Israel. Jesus não cumpriu tal expectativa. Pelo contrário, ele declarou a Pilatos: “meu reino não é deste mundo” (Jo 18:36), e também disse aos seus discípulos que: “Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou:Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17:20). “O Reino de Deus não é comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14:17). O Reino de Deus foi o tema central de Jesus, até mesmo após sua ressurreição, o que se fez necessário para esclarecer sua natureza não aparente (At 1:3). Pois, se por um lado, “todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas” (Hb 2.8).
Jesus se apresentou como um rei humilde e manso (Lc 19 e Zc 9:9); Inaugurando um reino que não se estabelece por força, nem por violência, mas pelo Espírito de Deus (Zc 4:6). “Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós” (Lc 11:20). Jesus veio para desfazer as obras do diabo (1Jo 3.8). Ele amarrou Satanás para que este não mais continuasse a enganar as nações como vinha fazendo até então, de modo que as portas do inferno não poderão prevalecer contra a Igreja (Lc 10.18; Ap 20:2,3; Mt 12.29; Jd 1.6; 2Pe 2.4; Jo 12.31,32; Mt 16.18). A Igreja será bem sucedida em sua missão de fazer discípulos de todas as nações (Ap 5.9; 7.9; Mt 16.18).
Na cruz, Jesus triunfou sobre os principados e potestades (Cl 2:15), tornando-se Cabeça de toda autoridade. Ele reina! (Cl 2:10). Seu trono está nos céus, onde está assentado a direita de Deus Pai “nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas (Ef 1:20-22), e “nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2:6).
Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do Seu amor (Cl 1:13) e nos constituiu reino (Ap 1:4), e nos deu as chaves do Reino (Mt 16.9) e autoridade para “para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo” (Lc 10.19). Em Cristo, já somos mais do que vencedores (Rm 8.37). Na era presente, “convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte” (1Co 15:25-26). A morte, o último inimigo, será destruída por ocasião da segunda vinda de Cristo, quando o reino se manifestará de forma aparente e plena na Nova Jerusalém celestial (Mt 25:1–13; Lc 12:35–48; 19:11–27 e Ap 21 e 22).
O reino é descrito em termos de parábolas que mostram um começo modesto como um grão de mostarda em processo de crescimento mas que tem que enfrentar a ação do inimigo e conviver com joio (Mt 13; Mc 4:26–29; 4:30–32; Lc 13:18–19, 20–21). Não é facilmente identificado, mas, os que o descobrem, encontram grande alegria (Mt 13:44, 45–46). Deus convida as pessoas para o Reino (1 Ts 2:12 e Mt 22). Devemos partilhar as boas novas do Reino (At 28:31). Nenhum imoral entrará no Reino (Ef 5:5). É necessário fé e arrependimento para entrar no Reino de Deus (Mt 3:1–2). Só os nascidos de novo entrarão no Reino (Jo 3:3). O Sermão do Monte descreve as qualidades dos cidadãos do Reino (Mt 5:1–19). A vida cristã deve refletir os valores do Reino (1 Ts 2:12). Devemos viver de modo digno deste Evangelho do Reino, cumprindo nossa missão de ser sal da terra e luz do mundo até que venha o grande Dia do Senhor.
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