sexta-feira, 5 de julho de 2013

Projeto de tratamento aos gays é reapresentado na Câmara dos Deputados

Um dia após o arquivamento do projeto que previa a derrubada de parte da Resolução 1/99 do Conselho Federal de Psicologia que pune psicólogos que oferecem tratamentos para reorientação sexual, o vulgo projeto de ‘cura gay’, voltou a ser apresentado na Câmara dos Deputados, dessa vez pelo parlamentar Anderson Ferreira (PR-PE), na tarde desta quarta-feira.

  • Câmara, cura gay
    (Foto: Agência Câmara/Alexandra Martins)
    Sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minoria (CDHM), que aprovou projeto conhecido como 'cura gay', na Câmara dos Deputados, em junho de 2013.
Segundo Ferreira, o projeto apresentado não tem nenhuma diferença do anterior, de autoria de João Campos (PSDB-GO). “O projeto foi rotulado de forma pejorativa, ninguém entendeu o seu conteúdo real. O que o Conselho de Psicologia fez foi um verdadeiro lixo. Não tem sentido limitar o profissional de exercer a sua profissão”, esclareceu o deputado.
Ferreira ainda afirma o projeto não sofreu nenhuma alteração “até para não dizerem que foi manobra para burlar o regimento”. “Então o projeto é idêntico [ao anterior], mas agora de minha autoria”, afirmou.
A Mesa Diretora da Câmara irá avaliar a proposta que deverá ser finalizada na próxima quinta-feira, 4. Caso o projeto seja negado, Ferreira já confirmou que recorrerá da decisão. “O que eu quero é que essa questão seja debatida. Não houve debate e eu quero esclarecer isso”, assegurou o parlamentar. “O debate sobre o tema não está encerrado”, completou.
O projeto original foi arquivado na noite desta terça-feira, 2, a pedido do próprio autor do projeto, o deputado João Campos e foi visto como uma manobra dos líderes do PSDB frente aos recentes protestos e manifestações ocorridas nas ruas de todo o país. Alguns manifestantes realizaram protestos sobre entre outros assuntos, o projeto de tratamento ao homossexual e as declarações que foram de Marco Feliciano sobre o homossexualismo e interpretação bíblica que foram entendidas como homofóbicas e racistas.

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